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11 de fevereiro de 2021

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou, no início da manhã desta quinta-feira (11), ao Maranhão para participar da cerimônia de entrega de títulos de propriedade em Alcântara, cidade a 40 km de São Luís. A cerimônia será realizada a partir das 10h45 no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). A comitiva presencial saiu por volta das 7h30 da Base Aérea de Brasília com destino ao Maranhão.
Segundo Bolsonaro, a emissão dos títulos está pendente desde a década de 1980. Em uma resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU) em março de 2020, foi solicitada o remanejamento de 792 famílias quilombolas que vivem nas proximidades do CLA.
A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão (Sedihpop) chegou a enviar uma Nota Técnica (NT) ao general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) solicitando a anulação da medida.
A região também é conhecida pelas polêmicas envolvendo a implantação do CLA e as comunidades quilombolas que vivem na região. Em fevereiro do ano passado, o Centro de Lançamento de Alcântara foi cedido para uso comercial segundo termos do Acordo de Salvaguardas entre o Brasil e os Estados Unidos.
A agenda do presidente no Maranhão conta com a presença, ainda, da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves; do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; e do comandante da aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez.
A Centro de Lançamento de Alcântara foi inaugurado em 1983, com a finalidade de proporcionar apoio logístico e de infraestrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil.
Em fevereiro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto de promulgação de um acordo entre Brasil e Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara. O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas tem três artigos.
Assim, o Brasil assume o compromisso de não permitir o lançamento de Alcântara de armas de destruição em massa que ameacem a paz e a segurança internacional, sobretudo de países que estejam sujeitos a sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que tenham dado apoio a atos de terrorismo internacional.
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EUA usarão a base de Alcântara para lançamento de foguetes e satélites — Foto: Arquivo
Em outubro de 2020, o presidente esteve no estado pela primeira vez para ir à obras na capital São Luís e em Imperatriz, segunda maior cidade do estado. Na ocasião, Bolsonaro fez uma visita técnica nas obras de restauração da BR-135 e participou da entrega do “Panelodrómo”, como é conhecido o complexo gastronômico da culinária popular em Imperatriz.
No entanto, a visita do presidente foi marcada pela repercussão de um comentário homofóbico feito ao tomar um refrigerante de coloração rosa fabricado no estado. “Agora virei boiola igual a maranhense, é isso?”, disse o presidente, aos risos. “Olha, o guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, ó! Quem toma esse guaraná aqui vira maranhense, hein? Guaraná cor-de-rosa do Maranhão… Que boiolagem isso aqui”, continuou.
Após a repercussão do comentário, a bancada do Maranhão no Congresso e o governador do estado, Flávio Dino, criticaram declarações de Bolsonaro. À noite, já em Brasília, durante transmissão ao vivo em uma rede social, Bolsonaro pediu desculpas, disse que fez “uma brincadeira”, e que o comentário não era “para a televisão”.
G1
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