Um novo dispositivo vai facilitar a vida de pessoas que precisam monitorar determinadas condições de saúde. Desenvolvido por pesquisadores brasileiros, o sensor permite medir biomarcadores de doenças como a gota, câncer e o Parkinson sem sair de casa. As informações do teste são exibidas diretamente na tela do celular.
O estudo que criou a tecnologia foi conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com o apoio da FAPESP, e divulgado na revista Chemical Engineering Journal.
Como funciona?
- O aparelho sem fio tem uma tira de sensor flexível com eletrodos que, aliados a um analisador portátil, podem medir substâncias presentes na urina.
- Essas substâncias são indicadores da presença de alguma doença no organismo, e também evidenciam a sua progressão.
- Os resultados podem ser lidos em cerca de 3 minutos depois da urina ser depositada no sensor por um dispositivo móvel (smartphone, laptop ou tablet) via conexão Bluetooth.
- A tecnologia teve um custo de produção de menos de $0,50, tornando-a acessível. Além disso, é feita de um material biodegradável.

Que doenças pode detectar?
Em experimentos, os pesquisadores utilizaram o autoteste para medir níveis de ácido úrico e dopamina presentes na urina. A primeira substância tem sido associada a doenças como a síndrome de Fanconi, gota, câncer, síndrome de Lesch-Nyhan e disfunção renal, além de estresse físico e riscos elevados de diabetes tipo 2.
Já a presença da segunda, conhecida como o neurotransmissor da felicidade, em níveis anormais, pode indicar distúrbios neurológicos e psiquiátricos, incluindo esquizofrenia, depressão, vício, doença de Alzheimer e Parkinson.
Os testes tiveram um desempenho de detecção semelhante ao método de medição padrão-ouro, comumente usado em laboratórios de análises clínicas.
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