Um caminhão carregado com 20 jumentos foi apreendido, nesse sábado (4), pela Guarda Municipal da cidade de Chapadinha, a km… [ … ]
6 de outubro de 2025
Segundo informações da Guarda Municipal, moradores denunciaram que homens em um veículo estariam recolhendo os animais em povoados da zona rural da cidade.
Durante buscas na região, os guardas municipais localizaram o caminhão com os animais e prendeu os três ocupantes do veículo, os quais foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil de Chapadinha, onde o caso está sendo investigado.
De acordo com a Guarda Municipal, os homens são da cidade de Campo Maior, no estado do Piauí. A principal suspeita é de que os suspeitos levariam os animais para serem abatidos e a carne seria vendida como carne bovina em municípios piauienses.
Em depoimento, os presos negaram que os animais seriam levados para abate, mas não souberam informar a origem e destino da carga.
Agora a Polícia Civil investiga a origem dos animais e se há envolvimento de outras pessoas na prática ilegal.
Tradicionalmente usados para transporte nas zonas rurais, os jumentos perderam lugar para as motos e começaram a ser abandonados por seus donos, mas a partir de 2016, voltaram a ganhar destaque depois que o couro virou produto de exportação para países asiáticos.
O uso da carne do animal não é restrito no Brasil, mas não faz parte da tradição de consumo do país. No entanto, há frigoríficos que fazem o abate do animal para vender carne e derivados ao exterior. A prática, porém, é condenada por grupos de defesa dos direitos dos animais, alegando risco de extinção da raça. Com isso, a exploração da carne do animal é alvo de briga na Justiça há anos.
Além disso, o Projeto de Lei 2387/22 proíbe, em todo o território nacional, o abate de equídeos e equinos (cavalos e jumentos) para o comércio de carne para consumo ou exportação. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.
Apesar de o abate do animal não ser proibido no país, vender carne de jumento como se fosse carne bo-vina é ilegal no Brasil, pois essa prática configura fraude contra o consumidor e pode envolver diversos crimes:
Portanto, o problema não é a carne de jumento em si, mas a ausência de inspeção sanitária, a comercialização enganosa como carne bovina e a origem clandestina dos animais.
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