Justiça de Chapadinha alerta sobre golpes usando imagem do Judiciário

Golpistas se passam por juízes de Direito e profissionais da Justiça para obter dinheiro das vítimas Publicado em 7 de… [ ]

7 de outubro de 2025

Golpistas se passam por juízes de Direito e profissionais da Justiça para obter dinheiro das vítimas

Publicado em 7 de Out de 2025, 12h25. Atualizado em 7 de Out de 2025, 12h48
Por Helena Barbosa
  • Foto vertical, colorida, exibe uma conversa de WhatsApp com um número de telefone com prefixo +55 98 (Maranhão). A conversa tem o tom de uma solicitação de pagamento para um suposto processo judicial. A pessoa do contato informa que o Juiz substituto Paulo Henrique Palácio fez uma revisão de um processo e decidiu pelo livramento condicional com monitoração mediante pagamento de multa. Em seguida, ela detalha: "A multa tem valor de R$250, após quitação ele será posto em liberdade." O contato solicita o pagamento: "Você poderia efetuar o pagamento para darmos andamento no procedimento." O contexto indica uma possível tentativa de golpe ou fraude, onde é solicitado um pagamento via Pix com a promessa de liberação condicional de alguém em um processo judicial e o comprovante de uma transação Pix no mesmo valor para uma conta com o beneficiário.

O juiz da 1ª Vara de Chapadinha, Cristiano Cesar da Silva, informou à Diretoria de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) sobre casos de  denúncias da tentativa de fraude em nome do Poder Judiciário na comarca.

Em ofício à Coronel Claridelma Mesquita, diretora de segurança institucional do TJMA, o juiz solicita, com urgência que a situação exige, providências no sentido de alertar a comunidade judiciária sobre as ocorrências, com o objetivo de evitar que as fraudes se concretizem.

“Essas ações fraudulentas não só causam prejuízos financeiros aos cidadãos, mas também comprometem a imagem e a confiança da população na instituição do Poder Judiciário”, declarou o juiz no ofício encaminhado ao TJMA.

DENÚNCIAS

Conforme os relatos e as denúncias recebidas na comarca de Chapadinha, pessoas criminosas estão se passado por juízes de Direito e profissionais da Justiça, utilizando o brasão do Estado e o nome do Tribunal de Justiça, em conversas por meio de aplicativo de mensagens,  para obter a transferência de dinheiro das vítimas.

A prática da fraude ocorre com o envio de mensagens para as vítimas, utilizando informações verdadeiras sobre as partes e solicitando transferências em dinheiro para a suposta liberação de alvarás para levantamento de valores e, também, para a soltura de pessoas presas, utilizando nomes fictícios de juízes e justificativas falsas.

Uma das tentativas bem sucedidas do golpe, em 11 de setembro de 2025, diz que um juiz decidiu pelo livramento condicional com uso de monitoramento eletrônico de uma pessoa presa, exigindo um pagamento de “multa” no valor de R$250,00. Uma das partes acreditou na falsa informação e realizou a transferência do valor exigido na fraude.

PROVIDÊNCIAS PARA INVESTIGAR

Diante da gravidade da situação, o juiz solicitou providências cabíveis para investigar as práticas dos crimes e reforçar a segurança das informações e dos sistemas utilizados na comunicação com usuários do Tribunal de Justiça.

O Judiciário da Comarca de Chapadinha não chegou a comunicar os casos diretamente à Polícia Civil, mas algumas partes processuais prejudicadas pelos golpes foram orientadas pelos seus advogados a registrar Boletim de Ocorrência junto à Delegacia local.

Importante destacar que o Poder Judiciário não entra em contato com partes processuais por meio de conversas informais, em aplicativos de mensgens, para cobrar repasse de valores por supostas multas ou valores referentes a despesas com atos no trâmite do processo. Qualquer procedimento nesse sentido é feito por meio de guia de recolhimento, que deve ser paga junto à rede bancária.

Fonte: PORTAL DO PODER JUDICIARIO DO ESTADO DO MARANHAO

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Djair Prado, Cursando Jornalismo (EAD) pela Universidade Estácio de Sá – 2º período, é bacharel em Administração pela Universidade Federal do Piauí (UFPI – Campus Parnaíba) e atuo desde 2015 na área jornalística, por meio do Blog Djair Prado, em toda a região do Baixo Parnaíba, Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses.