Maior Superlua de 2025 ilumina o céu esta semana

Esta semana traz a maior lua cheia do ano. Crédito: Richard Semik – Shutterstock Apaixonados pelo céu noturno, preparem-se: nesta quarta-feira (5),… [ ]

3 de novembro de 2025

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Esta semana traz a maior lua cheia do ano. Crédito: Richard Semik – Shutterstock
Apaixonados pelo céu noturno, preparem-se: nesta quarta-feira (5), a Lua entra na fase cheia – e o visual tende a ser ainda mais espetacular do que de costume. Isso porque esta será uma “Superlua”, a segunda de 2025 (saiba tudo sobre a primeira aqui). Além disso, será a maior do ano.

Na ocasião, o satélite aparecerá 7,9% maior e 16% mais brilhante do que uma Lua Cheia típica, de acordo com o guia de observação Starwalk Space. Mas, por quê?

A explicação está na forma da órbita lunar. A Lua não gira ao redor da Terra em um círculo perfeito, mas sim em uma trajetória elíptica. Isso faz com que, em certos momentos, ela esteja mais próxima do planeta (no chamado perigeu) e, em outros, mais distante (no apogeu).

O que é uma Superlua?

A Superlua acontece quando a fase cheia começa exatamente no perigeu, ou muito perto dele – que, neste mês, será atingido apenas nove horas depois, de acordo com a plataforma de observação astronômica InTheSky.org.

Em média, a distância entre a Terra e a Lua no perigeu é de cerca de 356 mil quilômetros, enquanto no apogeu pode chegar a mais de 406 mil quilômetros. Essa diferença, de aproximadamente 50 mil km, é suficiente para causar o efeito visual que tanto encanta os observadores, embora a olho nu nem sempre seja fácil perceber essa variação.

“Mas, sem saber o quão perto o satélite precisa estar da Terra, não dá para cravar se esta ou aquela Lua cheia é uma Superlua”, afirma o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Superlua capturada em 5 de maio de 2012 atrás do topo da Torre Eiffel, em Paris, França. Crédito: VegaStarCarpentier via APOD NASA

Zurita explica que até existem algumas tentativas de criar uma definição científica, completa e definitiva para o termo, mas é difícil chegar a um consenso, e talvez isso tenha algo a ver com ele vir da astrologia. “Na astronomia, sua utilização é recente e tem se mostrado uma boa forma de popularizar a ciência, mas muita gente ainda ‘torce o nariz’ para o termo, por considerá-lo um nome mercadológico para ‘vender’ a Lua Cheia no perigeu, que, na prática, não tem nada de super, nem representa nenhum fenômeno de interesse científico”.

Segundo a NASA, como a Lua está em sua maior aproximação da Terra, ela pode causar marés mais altas do que o normal – mas isso tem relação com o perigeu, e não com a fase cheia.

Para a melhor experiência, tente observar a Superlua ao entardecer, quando ela está próxima ao horizonte, momento em que parece ainda maior e assume um belo tom alaranjado devido à refração atmosférica.

Superlua “emoldurando” o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, captada de Niterói (RJ), em agosto de 2023. Crédito: Marcello Cavalcanti

Lua cheia tem um “nome” por mês 

De acordo com o Old Farmer’s Almanac (Almanaque do Velho Fazendeiro), uma das publicações mais tradicionais dos EUA voltadas à vida no campo, a Lua cheia de cada mês do ano tem uma designação própria.

Luas cheias de 2025:

  • 13 de janeiro: Wolf Moon (Lua do Lobo);
  • 12 de fevereiro: Snow Moon (Lua de Neve);
  • 14 de março: Worm Moon (Lua de Minhoca);
  • 12 de abril: Pink Moon (Lua Rosa);
  • 12 de maio: Flower Moon (Lua das Flores);
  • 11 de junho: Strawberry Moon (Lua de Morango);
  • 10 de julho: Buck Moon (Lua dos Cervos);
  • 9 de agosto: Sturgeon Moon (Lua do Esturjão);
  • 7 de setembro: Corn Moon (Lua do Milho);
  • 7 de outubro: Harvest Moon (Lua da Colheita) – Superlua;
  • 5 de novembro: Beaver Moon (Lua do Castor) – Superlua;
  • 4 de dezembro: Cold Moon (Lua Fria) – Superlua.

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Djair Prado, Cursando Jornalismo (EAD) pela Universidade Estácio de Sá – 2º período, é bacharel em Administração pela Universidade Federal do Piauí (UFPI – Campus Parnaíba) e atuo desde 2015 na área jornalística, por meio do Blog Djair Prado, em toda a região do Baixo Parnaíba, Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses.