Paciente com varíola dos macacos em São Luís foi infectado por transmissão comunitária, aponta SES

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (12), o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, e a sua… [ ]

12 de agosto de 2022

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (12), o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, e a sua equipe técnica, detalharam o cenário da varíola dos macacos (Monkeypox) no Maranhão.

De acordo com Tiago, o paciente de 42 anos diagnosticado com varíola dos macacos, nessa quarta (10), em São Luís, foi infectado por transmissão comunitária.

“Como tecnicamente não teve histórico de viagem, a gente tem que diagnosticar como transmissão comunitária”, afirmou o secretário na coletiva de imprensa.

As pessoas que tiveram contato com o paciente já estão sendo monitoradas pela Superintendência Epidemiológica do Estado e pela Secretaria Municipal de Saúde. Até o momento, nenhuma apresentou sintomas semelhantes à varíola dos macacos.

O paciente ainda está internado no Hospital Carlos Macieira (HCM), na capital, e apresenta quadro de saúde estável. O diretor da unidade de saúde, Edilson Medeiros, disse que o paciente está internado não em função do diagnóstico de varíola dos macacos, mas por causa de comorbidades.

“Gostaríamos, de antemão, de tranquilizar a nossa sociedade. O paciente se encontra ainda internado no Hospital Carlos Macieira não pela confirmação da monkeypox, mas pelas outras comorbidades que está sendo necessário a estabilização clínica do plano terapêutico traçado”, ressaltou Edilson.

Casos suspeitos

De acordo com Tiago, o estado mais possui nove casos suspeitos da doença. Os pacientes são dos municípios de São Luís (2), Timon (2), Barão de Grajaú (1), Bela Vista do Maranhão (1), Buriticupu (1), Paraibano (1) e Tutóia (1).

O perfil desses pacientes vai da faixa etária de 9 a 38 anos, sendo que oito deles são do sexo masculino e um do sexo feminino. Eles apresentam sintomas como cefaleia (dor de cabeça), febre de início súbito e, principalmente, erupções cutâneas.

Todas as nove pessoas com suspeita de varíola dos macacos estão em isolamento domiciliar e sendo acompanhadas pelas secretarias de saúde municipais e pela estadual. Dois dos casos em investigação possuem histórico de viagens, sendo uma internacional.

Atendimento médico de casos suspeitos

Na Grande Ilha, as pessoas que apresentarem sintomas semelhantes à varíola dos macacos devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UPAs), de gestão municipal, o Hospital Carlos Macieira e o Hospital da Ilha. No interior do estado, além das UPAs, a população pode buscar atendimento nos seis hospitais macrorregionais.

“Todo cidadão que apresentar sintomas com relação a monkeypox deve procurar a porta de entrada das unidades básicas de saúde, as UPAS, e nós também teremos os nossos hospitais de referência. Os hospitais da Grande Ilha serão os hospitais Carlos Macieira e o Hospital da Ilha, e no interior do estado, os nossos seis hospitais macrorregionais. Lembrando que todas as unidades hospitalares mencionadas têm leitos de isolamento”, ressaltou o secretário de estado da saúde, Tiago Fernandes.

Sintomas e transmissão

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

G1 MA

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Djair Prado, Cursando Jornalismo (EAD) pela Universidade Estácio de Sá – 2º período, é bacharel em Administração pela Universidade Federal do Piauí (UFPI – Campus Parnaíba) e atuo desde 2015 na área jornalística, por meio do Blog Djair Prado, em toda a região do Baixo Parnaíba, Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses.