‘Pautas Femininas’ destaca projeto ‘Mãos que Acolhem’ e realidade das mães solo de crianças com deficiência

Convidada foi a idealizadora do projeto ‘Mãos que Acolhem’, Ana Cláudia Arruda Convidada Ana Cláudia Arruda conversou com Régina Santana… [ ]

25 de novembro de 2025

Convidada foi a idealizadora do projeto ‘Mãos que Acolhem’, Ana Cláudia Arruda

Convidada Ana Cláudia Arruda conversou com Régina Santana

Agência Assembleia

O programa ‘Pautas Femininas’, exibido pela Rádio Assembleia (96,9 FM) nesta segunda-feira (24), abordou os desafios enfrentados por mães solo que cuidam de crianças com deficiência ou doenças raras. A convidada foi a idealizadora do projeto ‘Mãos que Acolhem’, Ana Cláudia Arruda, que compartilhou sua trajetória e a importância da criação de redes de apoio para essas famílias.

Na entrevista, Ana Cláudia explicou que a iniciativa surgiu a partir de sua própria vivência como mãe de João Gabriel, diagnosticado com microcefalia. “A realidade dessas mulheres é marcada por jornadas exaustivas, exclusão do mercado de trabalho e ausência de suporte básico. A maioria não tem rede de apoio mínima para estudar, trabalhar ou realizar um sonho”, afirmou.

Segundo ela, dados nacionais revelam que cerca de 78% dos pais abandonam as mães de filhos com deficiência antes dos cinco anos. “A responsabilidade do cuidado caem exclusivamente sobre elas e isso demanda 24 horas. Muitas ficam completamente sozinhas, porque o pai, na maior parte das vezes, se exime dessa responsabilidade”, destacou.

O ‘Mãos que Acolhem’ nasceu em 2020, em meio à pandemia, com uma ação improvisada na garagem do prédio onde Ana Cláudia mora. “Foram distribuídas cestas básicas a mães. Fomos nos conectando e a ação cresceu rapidamente. Depois, foram distribuídos mais de 500 cartões de alimentação durante o período pandêmico”, contou a idealizadora.

Com o tempo, surgiu a necessidade de organização. “Começamos a ir às casas, conhecer cada família e entender suas necessidades reais. Esse olhar mais humano foi o grande diferencial. Cada história nos impactava de um jeito que não tem como esquecer. Hoje, o projeto atende 80 famílias, majoritariamente chefiadas por mães solo, e mantém uma lista de espera extensa”, explicou Ana Cláudia.

Para ampliar o alcance da iniciativa, a idealizadora prevê a criação do Instituto Mãos que Acolhem para o próximo ano. “Nosso objetivo é atender ainda mais famílias em situação de vulnerabilidade. Agora, somos 80 famílias que se ajudam, mas queremos fazer muito mais. É uma rede real de cuidado e afeto”, concluiu.

 

Fonte: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO MARANHAO

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Djair Prado, Cursando Jornalismo (EAD) pela Universidade Estácio de Sá – 2º período, é bacharel em Administração pela Universidade Federal do Piauí (UFPI – Campus Parnaíba) e atuo desde 2015 na área jornalística, por meio do Blog Djair Prado, em toda a região do Baixo Parnaíba, Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses.