A Prefeitura de Araioses através da Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS realizou o encerramento da campanha do Outubro Rosa… [ … ]
31 de outubro de 2019
A Prefeitura de Araioses através da Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS realizou o encerramento da campanha do Outubro Rosa no auditório da Escola Tudes José Cardoso.
Segundo a Coordenadora da Saúde da Mulher Ana Lays Brandão ” a prevenção contra os cânceres tanto de mama quando de colo do útero devem ser realizadas durante todo o ano, porém neste mês de outubro se intensificam as ações voltadas para estas temáticas com o objetivo de detecção precoce e início do tratamento em tempo oportuno, uma vez que quanto mais cedo se inicia o tratamento a chance de cura se torna maior”.
A ação contou com a ilustre presença da Dra Eliane Pontes de Araújo, médica da UBSF Rodeador, que palestrou divinamente sobre o tema: câncer de mama e colo do útero. Na oportunidade contou-se também com a colaboração da Assistente Social Elizângela Escórcio do NASF que contribuiu no cerimonial, com o Coordenador da Atenção Básica, Luis Fernando Meneses, e Dra Allane Samara, coordenadora da saúde bucal no município, além de todos da equipe SEMUS que contribuíram imensamente para realização do evento.
É a Prefeitura de Araioses na gestão do Prefeito Dr. Cristino através da Secretaria de Saúde da secretária Sandra Fontenele trabalhando cada vez mais por Araioses.
Abaixo estão informações importantes repassadas pela Dra. Eliane Pontes de Araújo durante a palestra: Outubro rosa ”Cuidados à mulher na Prevenção do câncer do colo do útero e de mama”
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e câncer de colo do útero.
A possibilidade de detecção precoce do câncer na população feminina coloca a prevenção em evidência como uma questão importante em relação à saúde da mulher. Assim, a detecção precoce por meio da prevenção é uma forte aliada na diminuição dos índices de mortalidade entre as mulheres, importante resaltar que o câncer de mama tambem acomete ao sexo masculino, ao qual a cada ano sua incidencia aumenta.
Destaca-se que no Brasil as taxas de mortalidade por câncer da mama ainda continuam elevadas, provavelmente porque a doença ainda tem sido diagnosticada em estádios avançados. Desse modo, a sobrevida média das mulheres após cinco anos do diagnóstico tem sido de 60%, bem menor que nos países desenvolvidos, cuja sobrevida ocorre em cerca de 85%.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (BRASIL, 2009b), as recomendações para realização de mamografia e exame clinico das mamas são:
a. Mulheres de 50 a 69 anos de idade – realização anual do exame clínico das mamas (ECM) e mamografia a cada dois anos. Desse modo, ao fazer a programação da equipe, é imprescindível considerar que 50% das mulheres farão rastreamento através do ECM e mamografia quando forem detectadas alterações pelo exame clínico das mamas. No entanto, os outros 50% das mulheres deverão realizar o ECM e mamografia, independente dos achados no ECM.
b. Mulheres de 40 a 49 anos de idade – realização anual do ECM. No entanto, se houver detecção de alterações ao ECM, ele deverá ser complementado com a mamografia.
c. Mulheres de 35 anos de idade ou mais, com risco elevado para o câncer de mama – realização do exame clínico das mamas e mamografia anuais.
Como 65% dos cânceres de mama são detectados espontaneamente pelas mulheres, é importante, também, que os profissionais de saúde fiquem atentos e sejam capazes de ouvir e valorizar as queixas de alterações relatadas pelas mulheres, procedendo a um exame clínico minucioso de suas mamas. No entanto, essas medidas perderão seu valor se não houver uma estruturação dos serviços de saúde para poder acolher, informar ou encaminhar a usuária para realizar os exames diagnósticos necessários, em resposta a sua demanda.
Conclui-se, o exame clínico das mamas realizado pelo profissional de saúde, acompanhado do estímulo ao autoexame, contribui para aumentar a taxa de diagnósticos em estádios precoces do câncer de mama e diminuir a taxa de mortalidade
Atenção à mulher na prevenção do câncer do colo do útero
A incidência do câncer do colo do útero começa a ocorrer a partir da faixa etária de 20 a 29 anos, no entanto seu risco aumenta rapidamente até atingir o seu pico na faixa etária entre 50 e 60 anos. Sem considerar o câncer da pele não melanoma, esse tipo de câncer é o que apresenta maior potencial de prevenção e cura, se o diagnóstico ocorrer precocemente. Esse fato pode explicar a inexistência ou a pouca eficiência dos programas de rastreamento em países em desenvolvimento, que resultam em altas taxas de incidência de câncer do colo do útero, como ainda, infelizmente, ocorre em varias regiões do Brasil.
Embora a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) seja considerada o principal fator precursor do câncer de colo do útero, ele por si só não representa uma causa suficiente para o surgimento dessa neoplasia. Desse modo, é necessário um conjunto de fatores, dentre eles: o tipo e carga viral, se a infecção ocorre única ou múltipla, além de fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual (BRASIL, 2011e ).
A maioria das infecções por HPV que ocorre em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, no entanto, após essa idade, é mais comum a sua persistência.
Apesar da vacina contra o HPV ser uma importante arma para o combate desse câncer, porém não dar imunidade contra todos os tipos de vírus do HPV.
Por isso, as ações de rastreamento como a realização do teste Papanicolaou constitui-se na principal estratégia a ser utilizada, prioritariamente em mulheres de 25 a 64 anos. Nesse sentido, é preciso garantir que haja organização, integralidade e a qualidade dos programas de rastreamento e de seguimento das pacientes.
Inicialmente, a coleta deve ser feita anualmente e, após dois exames negativos para displasia ou neoplasia, pode ser repetida a intervalos de três anos. Mas, lembre-se: mulheres portadoras do vírus HIV, mesmo após dois exames negativos, deverão realizar o exame anualmente.