Fala de Brandão sobre unidade repercute entre políticos…

Manifestação do governador durante reunião com prefeitos eleitos ao comando da Famem – que indica realiança com o chamado dinismo… [ ]

17 de janeiro de 2025

Manifestação do governador durante reunião com prefeitos eleitos ao comando da Famem – que indica realiança com o chamado dinismo – foi aplaudida pela maioria das lideranças; mas há quem aponte senões, de lado a lado

UNS QUEREM, OUTROS NÃO! Eliziane, Fufuca e Jerry defendem a reunificação entre dinistas e brandonistas; Othelino, Lula e Yglésio nem tanto

A declaração do governador Carlos Brandão (PSB) sobre “unidade como melhor caminho” para a política, foi recebida com entusiasmo por algumas das principais lideranças políticas maranhenses; a fala foi interpretada como a possibilidade de apoio ao vice-governador Felipe Camarão (PT) em 2026, mas houve ressalvas.

Sobre o assunto, este blog Marco Aurélio d’Eça ouviu a senadora Eliziane Gama (PSD), o ministro do Esporte Andre Fufuca (PP), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), e os deputados estaduais Othelino Neto (Solidariedade), Carlos Lula (PSB) e Dr. Yglésio Moyses (PRTB). 

  • Eliziane, Fufuca e Márcio Jerry são mais ponderados e otimistas em relação à unidade;
  • Othelino Neto, Carlos Lula e Dr. Yglésio mostram-se mais radicais no contraponto. 

“Muito importante essa fala do governador Carlos Brandão sobre a unidade. É muito importante também, que todos os atores façam gestos pela concretização desta unidade. E os gestos concretos são: conversas francas e desarmadas, alinhamento de projetos e definições de espaços. Assim, começaremos 2025 já encaminhados para 2026″, disse Eliziane.

“Brandão foi protagonista da construção da unidade em torno da Famem e também será protagonista da unidade em 2026”, completou André Fufuca.

Entre os mais moderados, Márcio Jerry foi o mais pontual: “Defendo a unidade do campo político organizado sob liderança do ex-governador Flávio Dino em 2014 e que resultou na eleição do próprio Flávio Dino naquele ano e em 2018; e na eleição do governador Brandão em 2022. E acentuo que essa unidade deve se dar nos termos políticos e programáticos acertados entre as forças partidárias e sociais para o pleito e a vitória em 2022″.

Os dinistas têm sido acusados de boicotar a pacificação, sobretudo o deputado Othelino Neto.

  • Othelino, no entanto, fala publicamente o que pensa, e deixa claro sua resistência a uma realiança com os Brandão;
  • Há, entre os próprios brandonistas, quem defenda publicamente a unidade e atue contra ela nos bastidores;
  • neste aspecto, destaque para Dr. Yglésio, que expressa diariamente o que pensa sobre o grupo Flávio Dino.

“Considero ato de retrocesso político qualquer possibilidade de Brandão construir unidade em torno de um nome indicado por Flávio Dino. Flávio Dino aumentou a pobreza no estado e sacramentou o fisiologismo partidário dentro da administração pública. Acompanho as movimentações com muita atenção e preocupação e sob hipótese alguma terá meu apoio enquanto aliado. Brandão construiu um grupo de aliados e qualquer decisão de unidade sem consultar a base é um erro político significativo. O grupo Dino despreza Brandão e só espera o momento certo para ostraciza-lo”, opinou o deputado do PRTB.

Em lado oposto, Othelino Neto pensa o mesmo em relação a Carlos Brandão.

“Unidade de políticos em torno de um governo que desmontou os programas sociais e serviços públicos implantados nos mandatos de Flávio Dino? Aliança dando as costas para o povo? Não fui eleito pra isso. Para recompor com o que se convencionou chamar de Dinismo, é preciso reinventar o atual governo, rompendo com esse modelo de gestão familiar e nada republicano. Embora seja um homem de fé, não vejo o governador fazendo essa auto-crítica”.

Por fim, o deputado Carlos Lula também pensa parecido com Othelino Neto em relação a Brandão; mostra-se, porém, mais otimista em relação à unidade. 

“Unidade não pode ser apenas um conceito abstrato. Ela precisa de gestos concretos para se tornar realidade. Unidade não se impõe, se constrói. Até agora, pelo menos a mim, ainda não houve um convite para uma conversa franca, aberta e pautada no diálogo. E o mais importante: se a unidade for construída, que seja em nome dos interesses da população, não por mera conveniência de grupos políticos. A prioridade precisa ser sempre o povo”, expressa Lula.

Sobre o assunto, este blog Marco Aurélio d’Eça buscou ouvir também o senador Weverton Rocha (PDT) e a presidente da Asssembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB).

Até o fechamento deste post, os dois não haviam se manifestado…

0 Comentários

Deixe o seu comentário!