IFMA Campus Araioses: Aula de campo leva alunos ao rio Santa Rosa

Alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Araioses participaram de uma aula de… [ ]

25 de junho de 2018

Alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Araioses participaram de uma aula de campo às margens do rio Santa Rosa, na Comunidade Remanso, no município. Durante a visita foram verificadas a presença de determinadas espécies de fauna e flora comuns na região, assim como a situação da mata ciliar em diferentes pontos do rio Santa Rosa e do rio Parnaíba em Araioses. Também foi promovido o plantio simbólico de mudas de buriti (Mauritia flexuosa) e palmeira-juçara (Euterpe edulis), plantas nativas da região, para auxiliar na recomposição da mata ciliar.

Arraia capturada e devolvida ao rio Santa Rosa, para registro da fauna existente na região.

A aula de campo para diagnóstico do rio Santa Rosa foi organizada pelo professor de Biologia João Paulo Rebouças. Ele teve apoio do professor de Biologia, Luis Mesquita de Sousa Filho, e do diretor-geral do campus, Raimundo Pinho Gondinho. A atividade também foi acompanhada pela presidente da Associação de Moradores do Remanso e pelo servidor da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, Francisco Sabino. Durante a visita, os estudantes escutaram explicações e orientações sobre a importância das árvores e o seu correto manejo para o plantio.

O trajeto da atividade teve como ponto de partida a embocadura do rio Santa Rosa, com paradas até a comunidade do Remanso para identificar alguns pontos de degradação. O percurso foi finalizado na vila, com uma discussão sobre os problemas existentes ao longo do rio. Os alunos realizaram observações e fizeram anotações relevantes para a elaboração de um relatório técnico, conforme estabelecido no projeto da aula de campo.

O professor João Paulo Rebouças destacou que a aula de campo atua como um instrumento que possibilita aos discentes estabelecer relações entre a teoria e a prática. Nesse caso específico, segundo ele, os alunos tiveram a oportunidade de verificar a estrutura, funcionamento e biodiversidade de áreas de preservação permanente, no caso de um trecho da Bacia Hidrográfica do baixo Parnaíba. 

“A contextualização dos conteúdos seguida de experiência prática proporciona o amadurecimento e formação dos(as) alunos(as) para atuar no campo profissional. Nesse contexto, torna-se necessária a realização de aulas de campo, como a contemplada no presente projeto, durante todo o decorrer do curso, para que nossos(as) alunos(as) tenham, no momento oportuno, experiências de caráter profissional”, disse João Paulo Rebouças.

Saiba mais

As matas ciliares, um tipo de vegetação que margeia os rios, possui uma função essencial para manutenção dos recursos hídricos. Este tipo de ecossistema é considerado Áreas de Preservação Permanente (APP), de acordo com o Novo Código Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

Estas áreas apresentam grande importância por ser uma região que abriga um grande número de espécies de fauna, como animais semiaquáticos, aves, peixes, répteis e borboletas que dependem dessas florestas ciliares, além de absorver a água oriunda do escoamento superficial e ao mesmo tempo reduzir os processos erosivos do solo. Apesar da proteção legal e da importância já conhecida dessas florestas, estas matas estão sob forte pressão antrópica, o processo de urbanização, o desenvolvimento da agricultura e da atividade pecuária comprometem sua sobrevivência.

No município de Araioses, leste do estado do Maranhão, a área urbana é margeada pelo rio Santa Rosa, afluente do rio Parnaíba, muito utilizado pela comunidade como fonte de sobrevivência. Atividades como a pesca, a agricultura nas suas margens e áreas de várzeas e o extrativismo da palha da carnaúba são identificadas. Entretanto, o rio e suas matas ciliares vem sofrendo com diversos problemas ambientais, tais como salinização, desmatamento, queimadas, seca, despejo de esgoto in natura e resíduos sólidos depositados no seu leito.

 

ASSCOM