Menino torturado com cigarro pelos pais é resgatado pela polícia em Rosário, no Maranhão

Duas crianças de Rosário, município localizado a 70 Km de São Luís, foram destituídas do poder familiar nessa quinta-feira (15)… [ ]

16 de julho de 2021

Duas crianças de Rosário, município localizado a 70 Km de São Luís, foram destituídas do poder familiar nessa quinta-feira (15) após denúncias de tortura e maus-tratos cometidos pelos pais. Um menino de 6 anos, que possui tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), era a principal vítima do crime de tortura.

De acordo com a delegada Tatyani Porto, as denúncias chegaram ao conhecimento das autoridades de Rosário no fim do mês de junho, por meio da avó paterna.

“As denúncias chegaram através da avó paterna, que tentou ficar com a guarda das crianças, mas os pais não deixavam. Nós fomos averiguar e constatamos a situação absurda que as crianças viviam. Inicialmente as suspeitas eram de maus-tratos, mas nesse caso era tortura, principalmente em relação ao menino. Todas as vezes que houve alguma visita na residência, o menino estava machucado com marcas de cigarro e os pais alegavam que era alergia a mosquito”, disse a delegada.

Ainda de acordo com a delegada Tatyani, o estranho da situação era o fato dos pais quererem tanto a guarda da criança. Posteriormente a polícia descobriu que o menino recebe um benefício previdenciário.

“O estranho nessa situação, o que não encaixava ainda, era qual a razão dos pais fazerem questão do menino, porque eles nitidamente não amavam o menino, não cuidavam dele, torturavam o menino. Não entedia porque faziam questão de brigar com a avó pela guarda do menino. Aí acabei descobrindo que é porque o menino recebe um benefício previdenciário. O menino para eles era só um benefício no final do mês. E o valor nem era usado para comprar remédios ou o que quer que seja para a criança. A mãe disse que ele estava sem remédios. Aí eu perguntei o porquê e ela disse que era porque estava caro. Aí questionei se ela não recebia um dinheiro mensal justamente para isso”, relatou Tatyani Porto.

A delegada afirmou que a avó era ameaçada e agredida pelo filho por conta da guarda das crianças. Uma medida protetiva foi dada a avó, que conseguiu a guarda dos netos. Segundo a delegada, os pais ainda tentaram ir à delegacia para pegar as crianças, mas a ação foi sem sucesso. O processo está em fase de finalização de diligências do Inquérito Policial para posterior encaminhamento à Justiça.

G1 MA

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