Pesquisadores ao redor do mundo estão se esforçando para encontrar uma forma de detectar a demência precocemente. Isso ajudaria médicos a iniciarem tratamentos rapidamente, proporcionando melhor qualidade de vida para os pacientes. Em mais uma tentativa, uma equipe de cientistas australianos criou uma nova ferramenta de triagem.
Como funciona o questionário de triagem para demência?
- O novo questionário de triagem para demência, chamado de Inventário McCusker de Comprometimento Cognitivo Subjetivo – na tradução para o português – tem 46 perguntas que avaliam seis aspectos da função cerebral.
- Eles são: memória, linguagem, orientação, atenção e concentração, função executiva e capacidade de copiar e desenhar figuras geométricas.
- As perguntas consistem em entender se o paciente notou alguma mudança nesses fatores nos últimos dois anos, comparado com cinco anos antes.
- O paciente pode responder em uma escala de cinco pontos, entre “quase sempre verdadeiro” a “quase nunca verdadeiro”. Quanto maior a pontuação final, maior o risco de a pessoa ter demência.
- O teste leva o nome de “subjetivo” porque tenta capturar as preocupações do indivíduo com a própria capacidade cognitiva.
- Geralmente, isso serve como um alerta para os médicos de que algo não está funcionando como deveria.
O teste é eficaz, mas ainda precisa ser estudado
Uma avaliação estatística do questionário revelou que a ferramenta consegue identificar com precisão pacientes com níveis moderados a graves de declínio cognitivo subjetivo. Inclusive, parece ser mais confiável do que outros tipos de testes.
No entanto, os participantes do estudo eram pessoas saudáveis, com idades entre 39 e 97 anos, que estavam participando de pesquisas contínuas sobre envelhecimento. Ou seja, os pesquisadores precisarão acompanhar seu progresso nos próximos anos para atestar os resultados.
É importante lembrar que o novo teste é apenas uma forma de identificar possíveis sinais de demência. Ele se baseia em uma autoavaliação, e por isso, depende da sinceridade do paciente para funcionar. De qualquer modo, pode se tornar uma ferramenta útil para o diagnóstico da doença no futuro.
via: Olhar Digital
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