Imagine um pato em um lago flutuando e passeando como em um lindo filme em uma fazenda. A cena é serena e calma, mas o que muitos não sabem é que embaixo daquela superfície aquática, as pernas do pato em questão estão trabalhando a todo o vapor.

Ou seja, em cima da água vemos um patinho protagonizar uma impressão de plena paz, mas, na verdade, ele está dando tudo de si para nadar como se não houvesse amanhã e para não afundar no lago. Essa analogia deu vida ao conceito da Síndrome do Pato Flutuante, termo criado para definir um estado de saúde mental em certos momentos da vida de muitas pessoas. Quer entender melhor? Confira a seguir.

Síndrome do Pato Flutuante: veja se o conceito se aplica a você

Pato em lago
Imagem Pixabay

A Síndrome do Pato Flutuante foi o termo usado pela Universidade de Stanford para simbolizar a disparidade entre aparências e a realidade. Isso se aplica, principalmente, no sentido profissional. Geralmente em um contexto da vida de pessoas que são símbolo do sucesso para a sociedade, mas, na verdade, estão desabando dentro de si, sofrendo de uma ansiedade enorme somente para passar uma imagem de competência.

Portanto, o nome Síndrome do Pato Flutuante expressa tão bem o seu significado, já que assim como os esforços ocultos que os patos fazem, essas pessoas estão impactando profundamente a saúde mental e o bem-estar para manter as aparências.

Para exemplificar, sabe aquelas pessoas que têm um desempenho acadêmico surreal, ou fazem mil e uma coisas ao mesmo tempo e ainda demonstram por aí que fazem tudo sem sofrimento e sem grandes renúncias? Talvez, na realidade, seja tudo uma grande farsa! Por dentro, a saúde mental já está no limite. Por baixo do exterior calmo, existe uma ansiedade, insegurança e uma busca incansável por realização.

Por que a Síndrome do Pato Flutuante é tão comum hoje em dia?

mulher com mãos na cabeça e expressão de raiva
Imagem Pexels

A vida secular nunca foi tão corrida, a maioria das pessoas lida com inúmeros aspectos de uma só vez: escola, trabalho, família e lazer. A busca por encaixar tudo isso na rotina, pode afetar questões como tempo e energia, caso não aconteça uma administração saudável de tais fatores.

Dessa forma, os pesquisadores afirmam que a forma como distribuímos o nosso tempo e energia entre esses aspectos da vida, as atividades que realizamos e as recompensas que colhemos têm um impacto profundo no nosso bem-estar físico e mental.

Portanto, lutar para manter uma eterna dinâmica com inúmeras atividades pode contribuir, em muitos casos, para o desenvolvimento da síndrome do pato flutuante. Ainda mais quando se vive na era em que as pessoas romantizam o excesso de trabalho e o acúmulo de tarefas para passar uma ideia de produtividade.

Além disso, quanto mais vemos pouco da realidade e mais das aparências, as jornadas dos outros sempre parecerão perfeitas. A verdade é que há uma desconexão entre o que vemos e o que realmente uma pessoa de sucesso passa. Dessa forma, nos esforçamos ainda mais para alcançar uma realidade a muito custo, como o pato flutuante, se valendo da máxima que está tudo bem, quando já estamos no limite.

via: Olhar Digital