Pesquisas já confirmaram a importância do sono para a nossa saúde. Mas um novo estudo agora aponta que é na hora em que dormimos que o cérebro passa por um processo de limpeza. E isso pode ser fundamental para diminuir os riscos de desenvolver Alzheimer.

Representação do cérebro humano (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Sono elimina os resíduos do cérebro

A conclusão é de médicos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Eles realizaram o monitoramento do sono de ratos e descobriram que ondas cerebrais lentas criadas por impulsos dos neurônios ajudam a eliminar os resíduos do cérebro na hora de dormir.

Segundo o estudo publicado na revista Nature, as células nervosas individuais se coordenam durante o sono para produzir ondas rítmicas que impulsionam fluidos de liquor através do tecido cerebral, lavando o tecido no processo.

Ainda de acordo com os pesquisadores, uma veia que passa pelo cérebro atua como uma espécie calha. Nela são depositados os resíduos que são então transportados através da barreira que separa o cérebro do resto do corpo (a meninge). O processo leva o lixo cerebral para a corrente sanguínea, onde é tratado pelos rins.

Alzheimer
Esperança no combate ao (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Prevenção de doenças neurológicas

  • De acordo com a equipe, esta descoberta pode ajudar a retardar ou até mesmo prevenir doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson.
  • Em pacientes com estas condições, este processo de limpeza não funciona da forma correta e os resíduos acabam se acumulando.
  • Isso resulta num declínio cognitivo.
  • Ainda não se sabe exatamente o que causa estas falhas, mas os pesquisadores acreditam que, conforme envelhecemos, os neurônios perdem o ritmo adequado de limpeza do cérebro.
  • Mudanças nos padrões e na qualidade do sono também podem afetar o sistema.

via: Olhar Digital